sábado, 27 de julho de 2013

TRINDADE OU UNICIDADE...

Nesta mini estudo vamos comentar alguns textos bíblicos comumente usados para defender a teoria da trindade e o Espírito Santo como sendo uma pessoa distinta. Com a crescente aceitação por parte dos estudiosos de que 1 João 5:7-8 foi uma adição posterior à elaboração do original das Escrituras Sagradas, estando já ausente de muitas versões fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a teoria trinitariana recaiu fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o batismo “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e sobre o “outro” Consolador prometido por Jesus Cristo.

Além destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas ações do Espírito de Deus são próprias de pessoas, além disso existem versos que citam o Pai, o Filho e o Espírito. Tais referências, segundo os trinitarianos, serviriam como evidências da existência da trindade. Antes de comentar estes textos, é importante ressaltar que a palavra trindade não aparece em nenhum lugar na Bíblia e que esta teoria foi aceita como doutrina apenas por volta do quarto século da era cristã. A primeira formulação dogmática do pensamento teológico cristão trinitário, no que concerne à relação entre cada uma das três Pessoas divinas, foi postulada como um artigo de fé pelo credo de Niceia (proclamado em 325 no Concílio de Niceia) pelo clero romano.
“Estes Três São Um” – I João 5:7

“Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.” – I João 5:7. Não há dúvidas. Este texto é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um sem necessidade de interpretação particular. Seria uma prova perfeita da existência da trindade, caso não fosse um texto comprovadamente apócrifo, um texto adicionado posteriormente que não consta nos manuscritos mais antigos. A maioria das traduções fiéis já omitiu este verso. A Bíblia de Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal verso e adiciona a seguinte nota marginal: “O texto dos versículos 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”

Na edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada 1 João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento: “Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.” O Novo Testamento Trilíngüe das Edições Vida Nova mostra simultaneamente a versão em Grego do Novum Testamentum Graece Nestlé-Aland, 4ª Edição, a versão em Português Almeida Revista e Atualizada 2ª Edição e o texto em Inglês da New International Version, onde os textos dos três idiomas estão dispostos lado a lado e podem ser comparados facilmente pelo leitor. Repare que apenas a versão em Português que contem a adulteração Trinitariana.

A nota de rodapé do texto grego diz o seguinte: “O texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”


Percebe-se claramente que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra de Deus a fim de introduzir o dogma da Santíssima. Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.Romanos 1:25 A Trindade que nunca esteve claro na Bíblia. Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será que eles tentaram adulterar outros textos para tornar do dia para a noite a doutrina da trindade um ensino bíblico? Quantos textos bíblicos foram adulterados em favor da teoria trinitariana? É muito difícil responder a estas questões pois não temos o original grego escrito pelos apóstolos. É relativamente fácil identificar uma adulteração trinitariana feita no século 16 (exemplo 1 João 5:7), mas o mesmo não pode se afirmar com relação a adulterações mais antigas, principalmente as adulterações anteriores ao quarto século. 

Apesar de haver evidências suficientes de que alterações foram feitas para “beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar na Palavra de Deus pois ela mantém a verdade original sem perda de essência. Mesmo que haja algum tipo de adulteração, o Senhor nos revelará como fez com I João 5:7 através de provas incontestáveis ou através de fortes evidências como veremos a seguir. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17
Batismo em Nome do Espírito Santo? – (Mateus 28:19)

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” – Mateus 28:19. Note que é no nome e não nos nomes. Com a generalizada aceitação de que 1 João 5:7 é um texto adulterado, o peso da defesa da trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso preferido dos defensores da teoria da trindade. A razão é simples: nenhum outro verso bíblico coloca no mesmo patamar o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, a famosa e consagrada expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia – apenas em Mateus 28:19. O inimigo de nossas almas não está preocupado com templos lotados ou pessoas se dizendo cristãos, desde que os seus pecados não sejam perdoados em Nome do Senhor Jesus que é Deus, pois somente Deus pode perdoar pecados. 
Os batismos realizados posteriormente pelos discípulos foram em nome de Jesus apenas.
Todas as orientações de Cristo e as ações dos discípulos (orações, milagres, expulsão de demônios, advertências, reuniões e pregações,…) foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Integridade Bíblica

“Ao falar acerca deste assunto, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles.” – II Pedro 3:16. O apóstolo Pedro declarou que nas Escrituras Sagradas há certas coisas difíceis de entender. A dificuldade vem em decorrência de alguns fatos incontestáveis: (1) Algumas pessoas “ignorantes e instáveis” aproveitam-se de alguns pontos isolados para impor seus ensinos particulares – ignoram a regra geral e apegam-se fortemente nas exceções. (2) A mensagem de Deus é infinitamente profunda e nós somos limitados. A fonte de que dispomos, a Bíblia, foi escrita em linguagem humana, traduzida para outros idiomas igualmente limitados e sujeitos a falhas de interpretação.

Vamos citar um exemplo da fragilidade da linguagem humana na interpretação de versos isolados: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” – Lucas 23:43. Esta célebre promessa de Cristo ao “bom ladrão” é freqüentemente usada por pessoas que acreditam que após a morte o crente vai imediatamente para o paraíso. De fato, se Jesus Cristo prometeu que naquele mesmo dia estaria com o ladrão no paraíso, então isso mostra que herdamos o paraíso no mesmo dia de nossa morte. Isso é verdade? Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. João 3:13

Sabemos que infelizmente, devido a uma fragilidade e limitação do idioma e da tradução, pode haver em um ou outro texto algum tipo de imprecisão. Mas tais imprecisões não devem nos desanimar em estudar com afinco a Palavra de Deus, pelo contrário, é estudando arduamente que teremos uma visão melhor do todo e tais textos poderão ser bem compreendidos sob a luz de outros textos. Acreditamos plenamente que Deus preservou sua Palavra ao longo dos séculos e que não houve perda de sua essência. Quando aparece um verso difícil de entender, que parece contradizer todo o resto da Palavra de Deus, devemos contrastá-lo com outros.

No caso da promessa de Cristo ao “bom ladrão” sabemos que ao longo dos séculos houve uma perda no significado original. Cristo não esteve com o ladrão no paraíso no mesmo dia de sua morte. Outros textos dão evidências claras deste fato: Os ladrões não morreram no mesmo dia (João 19:31) e, além disso, Cristo após sua ressurreição declarou que ainda não havia subido ao seu Pai (João 20:17). Além disso há outros textos que afirmam que a morte é um sono e que haverá a ressurreição no último dia. Portanto, a análise de outros textos nos leva indubitavelmente ao significado correto do texto, que deveria ser: “Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.”

Cremos que as imprecisões da língua são causa de muitas confusões doutrinárias. Por esta razão o melhor conselho para evitar erros doutrinários em decorrência destas imprecisões é: Analisar o texto controvertido dentro do seu contexto. Analisar outros textos bíblicos que abordam o mesmo assunto. Quando possível, recorrer ao original hebraico ou grego para desfazer dúvidas remanescentes.

Acima destas três regras que procuramos obedecer ao elaborar este livro, está a confiança do poder de Deus que, através do seu Espírito, atua em nossa mente nos guiando em toda a verdade. Passemos agora a analisar as dificuldade na interpretação de Mateus 28:19.
Inconsistência com o Público Alvo

Acredita-se que o livro de Mateus tenha sido escrito em aramaico (ao contrário dos demais livros do Novo Testamento que teriam sido escritos em grego). O objetivo de Mateus era alcançar os judeus convencendo-os de que Jesus Cristo era o Messias descrito pelos profetas do Antigo Testamento. Desta forma, causa-nos no mínimo alguma estranheza a menção de uma fórmula batismal que sugira a existência de uma trindade jamais aceita pelos judeus. Isto porque a crença dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde não há qualquer sugestão da existência de uma trindade. Baseados no Velho Testamento, os judeus aceitam um único Deus e a proposta de uma trindade soaria absurda. Ademais, o objetivo de Mateus não era convencê-los da existência de uma trindade, mas mostrar Jesus como o Messias.
Análise Contextual – A Autoridade de Cristo

Como em todo texto controvertido, temos que dedicar tempo e esforço para a compreensão não apenas do verso em questão, mas também do seu contexto. Neste ponto, devemos compreender claramente o que significa fazer algo em nome de alguém.

“Fazer algo em nome de alguém” significa a concessão ou delegação de poder para outra pessoa. Por exemplo, um policial não tem autoridade se esta não lhe fosse dada pela lei. Por isso, ao deter um criminoso em flagrante, o policial poderá dizer: “Preso em nome da Lei”, em outras palavras, “Estou lhe prendendo com a autoridade que a lei me dá”. O poder de prender alguém em flagrante deriva da lei e se estende não apenas às autoridades policiais, mas a toda pessoa comum do povo que testemunha um crime. O artigo 301 do Código de Processo Penal diz que“qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.” Provavelmente você não sabia que a lei do nosso país lhe dá autoridade para prender um criminoso em flagrante e entregá-lo às autoridades. Desta forma, como a autoridade lhe foi dada pela lei, você pode dirigir-se a um criminoso e dar-lhe voz de prisão: “O senhor está preso em nome da lei.” (Por motivos óbvios recomendamos que esta autoridade seja usada com cautela, avaliando muito bem as conseqüências de curto prazo.)

Da mesma forma, um representante de estado, por exemplo, um embaixador, age não por si mesmo, mas em nome de uma nação. O mesmo vale para um delegado, um procurador, um advogado ou qualquer outro representante legal. Este representante, advogado ou procurador age apenas em nome de alguém que tenha lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemos afirmar sem medo de errar que existe uma íntima relação entre fazer algo em nome de uma pessoa e a autoridade que esta pessoa confere a outrem.

Imagine que você é enviado pelo Presidente da República a uma repartição pública com uma procuração oficial assinada pelo presidente. Ao chegar você se identifica: “Meu nome é João da Silva e vim em nome do Presidente da República.” Você pode não representar muito para os funcionários desta repartição, mas como você age em nome de alguém que tem autoridade, então é prontamente atendido. Não seria assim se você estivesse representando uma pessoa comum. Imagine-se agora chegando na mesma repartição com uma procuração assinada pelo seu cunhado, Eustáquio Miranda. Você poderia agir em nome do Eustáquio Miranda, mas não teria o mesmo atendimento pois a autoridade do seu cunhado não é comparável à autoridade do presidente.

Estes exemplos simples foram citados apenas para mostrar a forte relação entre fazer algo em nome de alguém e sua autoridade.

Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a que Mateus se refere é a autoridade de Cristo e não a autoridade de uma trindade:

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” – Mateus 28:18.

Seria esperado, portanto, na sucessão natural da grande comissão, que Jesus comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente, embora a autoridade seja a de Cristo, a recomendação é que os discípulos batizem em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Isto é, no mínimo, muito estranho! Mas vejamos como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo.
Em Nome de Quem os Discípulos Batizaram?

O livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os batismos foram realizados em nome de Jesus. Vejamos alguns exemplos começando com o apelo de Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom o Espírito Santo.” – Atos 2:38.

Estaria Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que o batismo deveria ser realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que Pedro recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamos como haviam sido batizados os crentes de Samaria:

“Porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus.” – Atos 8:16.

O livro dos Atos também relata que gentios foram batizados em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

“E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que permanecesse com eles por alguns dias.” – Atos 10:48.

O livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:

“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” – Atos 19:5.

Por que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nome de Jesus)?

Em Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca afirmou que fomos batizados na trindade.

Exortando sobre a necessidade de unidade em Cristo, Paulo pergunta aos Coríntios:

“Acaso Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós, ou fostes porventura, batizados em nome de Paulo?” – I Coríntios 1:13.

Embora este verso não diga tão claramente quanto os anteriores que o batismo é em nome de Jesus, há uma evidência clara da intenção do apóstolo. Cristo não está dividido. Jesus Cristo foi crucificado em favor dos crentes e estes foram batizados em nome dEle, sugere o verso.

Escrevendo aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:

“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” – Gálatas 3:27.

Não apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo (não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo).
Tudo em Nome de Jesus Cristo

“E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” – Colossenses 3:17.

Paulo recomenda que tudo deve ser feito em nome de Jesus. O que está incluído nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui (inclusive batismos). É hora de você pegar sua Bíblia e conferir os versos abaixo.

ð As orações devem ser feitas em nome de Jesus, não em nome de uma trindade. Veja vários exemplos: João 14:13 e 14; João 15:16; João 16:24, 26 e 27; Tiago 5:14.

ð Advertências, admoestações e repreensões foram feitas em nome de Jesus, nunca em nome da trindade. Confira: I Cor. 1:10; 5:4; II Tess. 3:6.

ð Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas em nome de Jesus. Abra sua Bíblia e leia os seguintes versos: Mat. 7:22; Mar. 9:38-40; Mar. 16:15-18; Luc. 10:17; Atos 3:6; 4:7-12; 4:30; 16:18.

ð Obras de caridade também foram realizadas em nome de Jesus. Veja: Mat 18:5; Mar. 9:37 e 41; Luc. 9:48.

ð Até mesmo reuniões espirituais e pregações devem ser realizadas em nome de Jesus, não em nome da trindade. Leia estes exemplos: Mat. 18:20; Luc. 24:46 e 47; Atos 4:18; 9:27 e 29; Efés. 5:20; Tiago 5:10.

ð O mais impressionante é que até mesmo o Espírito é enviado em nome de Jesus conforme João 14:26.

ð Enfim, como diz Paulo, tudo deve ser feito em nome de Jesus, pois nossa salvação é também em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Veja Atos 4:12; João 20:31; I Cor. 6:11.

A Autenticidade de Mateus 28:19

Diante de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada. A história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo só foram realizados muitos anos após a morte dos apóstolos. Vejamos o que as enciclopédias dizem a respeito da origem da trindade e do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:

Enciclopédia Britânica: “A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século.” – 11a Edição, Vol.3 – págs. 365-366. (em inglês)… “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo.” – Volume 3 pág.82.

Enciclopédia da Religião – Canney: “A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século.” – pág. 53 (em inglês).

Nova Enciclopédia Internacional: “O termo “trindade” se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana.” – Vol. 22 pág. 477 (em inglês).

Enciclopédia Da Religião – Hastings: “O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada.” – Vol.2 pg 377-378-389 (em inglês)

O Pastor Adventista do Sétimo Dia Alejandro Bullón, no livro “O Terceiro Milênio” fala de alguns conflitos internos enfrentados pela igreja da idade média por causa de doutrinas estranhas:

“Naquele período, a Igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja.” – O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse – Alejandro Bullón – págs. 41 e 42.

A Bíblia de Jerusalém incluiu o seguinte comentário de rodapé a respeito de Mateus 28:19:

“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar “no nome de Jesus”. Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado ás três pessoas da trindade.”
Mateus 28:19 Original e a Crítica Textual

Crítica textual é o método utilizado por estudiosos para se conhecer o texto original, ou, pelo menos, chegar próximo do original. Metodologias foram desenvolvidas neste sentido pois sabe-se que as versões que chegam até nós, após várias cópias e traduções, raramente vem com 100% de precisão. Hoje existem, espalhados por museus e bibliotecas no mundo inteiro, aproximadamente 5500 manuscritos que vão desde fragmentos de papiro até Bíblias completas produzidas após a invenção da imprensa.

É fato comprovado que há muitas diferenças entre estes manuscritos e como não temos acesso ao original, surgem as questões: Qual destes manuscritos é o mais confiável? Qual está mais próximo da versão original?

Muitos cristãos acreditam que Deus preservou cada ponto e cada vírgula das Escrituras, mas os 5500 manuscritos e as fontes históricas de que dispomos mostram que houve mudanças nas Escrituras e que há necessidade de buscas, comparações e estudos para se chegar à versão mais próxima do original. Temos absoluta confiança de que Deus inspirou a versão original e preservou a essência da mensagem bíblica, mas a diversidade de manuscritos demonstra que houve erros de copistas e possíveis adulterações. É por esta razão que existe a crítica textual, uma forma de buscar as versões mais fiéis e que mantêm uma coerência interna.

O ideal seria termos à nossa disposição os documentos originais do Novo Testamento escritos pelos próprios apóstolos ou, pelo menos, cópias do primeiro ou segundo séculos. Mas infelizmente devido à grande perseguição que a igreja sofreu nos primeiros séculos da era cristã, muitos documentos sagrados foram destruídos neste período. Portanto, não temos à nossa disposição os originais do Novo Testamento nem manuscritos dos três primeiros séculos. Em 303 a.d. Diocleciano, o imperador romano, ordenou que as propriedades dos cristãos fossem confiscadas e que seus escritos sagrados fossem destruídos. Só alguns anos depois outro imperador, Constantino, “converteu-se” ao cristianismo, cessou as perseguições e promoveu a difusão dos escritos sagrados.

O problema da crítica textual não é a falta de manuscritos, mas o excesso. Diante de tantos manuscritos diferentes, como a crítica textual decide qual é a melhor versão? A primeira fonte de estudos para a crítica textual são os manuscritos antigos. As fontes históricas idôneas também servem como subsídio para os estudiosos e críticos textuais. Uma fonte utilizada pela crítica textual são as citações bíblicas feitas pelos escritores e historiadores religiosos dos primeiros séculos. Neste período a produção literária sacra foi muito grande e a citação da Bíblia era muito comum. Estes escritores dos primeiros séculos baseavam-se em cópias manuscritas do Novo Testamento mais antigas e confiáveis do que as que dispomos hoje. Por esta razão estas citações de versos bíblicos feitas por autores antigos são de grande valor para a crítica literária. Há quem afirme que a quantidade de citações bíblicas nas obras destes escritores sacros é tão grande que seria possível, mesmo sem os manuscritos bíblicos, reconstituir praticamente toda a Bíblia baseado-se apenas nas citações destes autores. Exagero ou não, vale a pena levar em conta tais citações se estas podem nos auxiliar numa conclusão sobre qual seria o texto mais próximo do original no caso de Mateus 28:19.

Veremos na parte final deste livro um pouco da história da doutrina da Santíssima Trindade. Falaremos um pouco sobre o Concílio de Nicéia realizado no quarto século e sobre o estabelecimento da doutrina da Santíssima Trindade pela Igreja Católica. Infelizmente os manuscritos mais antigos do Novo Testamento de que dispomos hoje e nos quais nossas Bíblias são baseadas são posteriores ao Concílio de Nicéia e contém a fórmula batismal “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, mas as citações bíblicas de historiadores baseados em manuscritos anteriores a este Concílio nos mostram algo muito interessante!

Eusébio de Cesaréia (270-340 a.d.), conhecido como o pai da história da igreja, foi provavelmente o maior historiador da igreja dos primeiros séculos. Sua obra é vasta e ele é considerado um dos preservadores da literatura sacra em sua época. Embora não tenha se destacado pela criatividade e originalidade, Eusébio goza de boa reputação no tocante à sua precisão. Não temos espaço suficiente para discorrer com detalhes acerca da obra e influência de Eusébio de Cesaréia, mas sabemos que ele baseou seus escritos em manuscritos anteriores e mais fidedignos do que os que temos hoje. No início do quarto século, Eusébio citou Mateus 28:19 diversas vezes em comentários sobre Salmos, Isaías, e em obras como Demonstratio Evangelica e Teofania. Também citou este verso em História da Igreja. Na maioria das vezes suas citações de Mateus 28:19 eram muito semelhantes a esta:

“Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho ordenado.”

É importante ressaltar que toda a doutrina deve ser obtida da pura Palavra de Deus, não de escritos de homens, por mais fidedignos que eles sejam. Estes historiadores viveram em tempos de grande escuridão espiritual quando o paganismo sutilmente penetrava na igreja. Por esta razão, nosso objetivo ao mencionar as citações de Eusébio é apenas usar o testemunho dos escritores dos primeiros séculos como evidência histórica de que a versão original muito provavelmente tenha sido adulterada. Ao fazer tais citações de Mateus 28:19, Eusébio usou manuscritos mais antigos e mais fidedignos do que os que temos hoje.

A. Ploughman, um estudioso inglês, se interessou em pesquisar a fundo as citações de Mateus 28:19 na obra de Eusébio. A. Ploughman contou 18 citações de Eusébio contendo o batismo em nome de Jesus. Segundo a Enciclopédia de Religião e Ética, Eusébio citou 21 vezes a comissão de Mateus 28, ou omitindo tudo entre “nações” e “ensinando-os” ou, na forma mais frequente, “fazei discípulos de todas as nações em meu nome”.

É interessante notar que no final de sua vida, após o Concílio de Nicéia, Eusébio incluiu em obras como “Contra Marcelo de Ancira” e “Sobre a Teologia da Igreja” citações de Mateus 28:19 incluindo o batismo em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Isto revela a influência poderosíssima exercida pelo Concílio de Nicéia em favor da trindade, afetando a produção da literatura sacra no quarto século.

Fica claro, não apenas pelas evidências provenientes da crítica textual, bem como da análise do contexto de Mateus 28:19 e por outras passagens bíblicas, que a autenticidade do verso em questão é bastante questionável e, portanto, não deve ser utilizado para provar qualquer doutrina. Ademais, é sempre conveniente lembrar que nenhuma doutrina bíblica pode ser estabelecida com base em apenas um verso. Essa regra é um consenso entre os teólogos e estudiosos da Bíblia. Por isso, batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é quebrar este princípio e, mais do que isso, desprezar as abundantes evidências bíblicas de que o batismo deve ser realizado em nome de Jesus.
Outras versões de Mateus 28:19

Qual é a melhor versão para Mateus 28:19? Como dissemos, a escolha da melhor versão depende dos critérios de crítica textual adotados pelos responsáveis pela edição de cada versão bíblica.

Em 1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou” (“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão.

Algumas Bíblias que provavelmente utilizam-se de outros critérios na crítica textual adotam outras versões para estes textos controversos. O Evangelho de Mateus em Hebraico de George Howard[1] é um exemplo que não contem a fórmula batismal em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.


(Hebrew Gospel of Matthew-George Howard – 1995 – ISBN 0-86554-470-0)

A tradução em inglês que consta no mesmo volume é a seguinte:


Uma possível tradução de Mateus 28:19 para o português é a seguinte: “Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.” – Mateus 28:18-20 (Na Tradução do Evangelho de Mateus em Hebraico)

33 Razões porque Batizamos em nome de Jesus

1° - Porque o primeiro Batismo da história da Igreja foi realizado em Nome de Jesus Cristo. Atos 2:38; e este é o modelo original de Batismo da Igreja Cristã.
2° - Porque toda propriedade deve ser registrada em Nome do seu dono, Jesus é o dono da Igreja, pois ele a comprou Apoc. 5:9; portanto, ela deve ser baptizada (registrada) em seu Nome.
3° - Porque a Igreja é a noiva ou esposa de Jesus Apoc. 21:9, e nós sabemos que a noiva ou esposa recebe o nome do seu noivo ou esposo.
4° - Porque a Igreja foi desposada com um só esposo que é Cristo II Cor. 2:2; Veja que ele a desposou com um só, e não com dois ou três. Leia também 1 Cor. 2:2
5° - Porque o Apóstolo Paulo rebatizou os discípulos de João Batista em Nome de Jesus Atos 19: 1-5, Paulo também foi batizado em Nome de Jesus Atos 22:16 Rom. 6:3-4
6° - Porque o apóstolo Paulo disse que só há um Batismo Efésios 4:5, e ele o realizava em Nome do Senhor Jesus Atos 19:5.
7° - Porque o evangelho que Paulo pregava continha o Batismo em Nome de Jesus Atos 19:5, e ele disse que não recebera este evangelho de homem algum, mas recebera mediante revelação de Jesus Cristo Gal. l :11 e 12.
8° - Porque assim como os israelitas foram baptizados em Moisés (o mediador deles) I Cor. 10:2, nós os cristãos devemos ser batizados em Cristo Gaiatas 3:27. Seja batizado em Nome de Jesus pois ele é o nosso mediador I Timótio 2:5.
9° - Porque sabemos, como sabiam os Apóstolos que repetir uma ordem, não é sempre o mesmo que obedecê-la. Quando um ministro batiza alguém dizendo; eu te batizo em nome do pai, do Filho e do Espírito Santo, ele (o ministro) repetiu a ordem, mas não a obedeceu? E porque não obedeceu? Porque o nome próprio do Pai, do Filho e do Espírito Santo que é Jesus; Não foi invocado sobre o baptizado.
10° - Porque dentro do plano de salvação está incluído o batismo Atos 2:38, Marcos 16:16, I Pedro 3:21, Atos 22:16, Atos 8:36-38 e Atos 16:29-33.
11°- Porque o Batismo em Nome de Jesus é para Judeus Atos 2:38, para Samaritanos Atos 8:16 para Gentios Atos 10:48, para os discípulos de João Batista Atos 19:1-5, para mim e para você.
12° - Porque o Nome de Jesus está acima de todo principado; e autoridade, e poder, e domínio e de todo nome que se nomeia não só neste século mas também no vindouro Ef. 1:21 e Fel. 2; 10.
13° - Porque a Bíblia diz: tudo que fizerdes em palavras ou obras fazei-o em Nome do Senhor Jesus... Col. 3:l7 E o Batismo é realizado com palavras e obras (ação).
14° - Porque Deus visitou os gentios para tomar dentre eles um povo para o seu Nome. Atos 15:14; e o nome que Pedro mandou invocar sobre os gentios foi o Nome de Jesus Atos 10:48.
15° - Porque Paulo repreendeu os irmãos de Corinto que diziam, eu sou de Paulo; e perguntou-lhes: foi Paulo crucificado por vós? Ou foste vós batizados em nome de Paulo? Quem foi crucificado pelos Coríntios? Jesus Cristo, Em nome de quem eles foram batizados? Jesus Cristo! O contexto não permite outra resposta, porque a menos que eles tivessem sido baptizados em Nome de Jesus, o argumento do Apóstolo deixaria de ter qualquer significado, leia Cor. 1:12-13.
16° - Porque Paulo recomendou: sede meus imitadores como eu o sou de Cristo I Cor 2:1, Se ele batizava em Nome de Jesus, façamos o mesmo.
17° - Porque quem obedece os Apóstolos obedece a Jesus Lucas 10:16, pois os mandamentos do Senhor foi-nos dado pelos Apóstolos II Pedro 3:2.
18° - Porque a Bíblia diz que a Igreja está edificada sobre o fundamento dos Apóstolos e profetas, sendo o próprio Cristo a pedra da esquina. Efésios 2:20; e os Apóstolos como sabemos batizavam em Nome de Jesus, leia também I Cor 8:11
19° - Porque os Apóstolos formados na melhor escola de teologia do planeta, aos os pés do melhor professor de todos os tempos, batizavam em Nome de Jesus, Veja Atos 2;38 e Atos 19:5.
20° - Porque os Apóstolos foram guiados pelo Espírito Santo à baptizar em Nome de Jesus Cristo; pois o Espírito Santo lhes foi dado para guiá-los em toda a verdade João 16:13, e entre elas a verdade sobre o baptismo Atos 2:4 e Atos 2:38.
21° - Porque os Apóstolos sabiam que o seu maravilhoso Mestre era o pai, pois conheciam Isaías 9;6; sabiam que ele era o filho Mat. 16:16 sabiam que ele mesmo era o Espírito Santo. II Cor. 3:1 (Aquele que era é o mesmo que é Apo. l :8).
22° - Porque o arrependimento e a remissão de pecado deveria ser pregado em Nome de Jesus, começando por Jerusalém, Lucas 24:47, Atos 10:43, I João 2:12.
23° - Porque sabemos como sabiam os Apóstolos que Pai, Filho e Espírito Santo são títulos de um ser, cujo Nome próprio é Jesus, João 17:11-12 e Zac: 14:9.
24° - Porque não encontramos nenhum batismo na Bíblia, que fora realizado sob a invocação dos títulos (Pai, Filho e Espírito Santo); mas, muitos realizados em Nome de Jesus Cristo Atos 2:38, 10:48, 8:16, 19-5 e outras referências.
25° - Porque veremos o seu rosto e em nossas frontes estará o nome dele Apoc. 22:4. Se você não for batizado em Nome dele, que nome terás tu na fronte naquele dia?
26° - Porque não há salvação em nenhum outro; pois debaixo do céu nenhum outro Nome há, dado entre vos homens, pelo qual devemos ser salvos Atos 4:12
27° - Porque Mateus fala para baptizar em nome (singular) e não nomes (plural); sabemos também que Pai Filho e Espírito não é nome próprio de ninguém Zac. 14:9
28° - Porque os Apóstolos, além do professor interior, (o Espírito Santo), tinham também a mente aberta, por Jesus, Lucas 24:45; Isso lhes capacitou a compreender que o Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é Jesus Isaías 52;6.
29° - Porque Mateus estando no dia de Pentecostes, ficou de pé junto com os demais Apóstolos em sinal de apoio a Pedro que dizia: arrependei-vos, e cada um de vós seja baptizado em Nome de Jesus Cristo Atos 2:38
30° - Porque o Senhor através do seu Anjo recomendou a Cornélio, um pregador que baptizava em Nome de Jesus Atos 10: l-6,11:13.14 e 2:38
31° - Porque hoje como nos dias do Apóstolo Paulo; falam mal e chamam de seita, aqueles que baptizam em nome de Jesus Atos 28:22 e Atos 24:14
32° - Porque nele (Jesus) habita corporalmente toda a plenitude da divindade Col, 2:9; Isto é, em Jesus nós temos o pai Isaías 9:6, o Filho Mat. 16:16, e o Espírito Santo II Cor. 3:17.
33° - Finalmente, para confirmar que os Apóstolos agiram correctamente ao batizar em Nome de Jesus, eles receberam uma placa de honra no céu; visto que os seus nomes foram escritos nos muros da Cidade Santa Apoc. 21:14. E o nome daqueles que não baptizam em Nome de Jesus Cristo será escrito onde? Seja pois baptizado em Nome do Senhor Jesus Cristo, Atos 2:38...,

Meu amigo leitor e meu irmão com o Senhor Jesus, seja também um dos odiados por causa do Nome de Jesus. Atos 5:22, 5:40, Lucas 10:22, Mat.24:9 e Marcos 13:13.

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5 comentários:

  1. Em um debate que assisti, um missionário chamado Jamierson de Oliveira disse que o Filho de Deus havia sido gerado no CÉU, o que representa uma verdadeira aberração, pois a Palavra de Deus (que se fez carne) é ETERNA e GERADORA, não podendo ter sido gerada em tempo algum.
    O que ocorre é que a maioria das pessoas se esquece de que JESUS É A PALAVRA DE DEUS, segundo Ap 19:13, ou seja, o VERBO ETERNO DE DEUS (que se fez carne), segundo Jo1:1,14.
    O Salmo 33:6 parece ser o grande elucidador da questão, mostrando que os padrecos da idolatria romana é que são hereges por terem criado a doutrina herética da trindade (crida por milhares de evangélicos).
    Tal verso diz que a Palavra de Deus é o Espírito que saiu da Sua boca e criou todas as coisas.
    Mas, eu pergunto: que espírito teria saído da boca de Deus, senão o Espírito Santo?
    Logo, Palavra de Deus e Espírito Santo são a mesmíssima e única pessoa.
    Mais à frente, a Bíblia diz que Deus é Espírito (Jo 4:24).
    Mas, eu pergunto: que espírito seria Deus, senão o Espírito Santo?
    Logo, Deus e o Espírito Santo são as mesmíssima e única pessoa.
    Assim sendo, como nos mostra a Bíblia, a Palavra, o Espírito e Deus são UM só, ou seja, a mesmíssima e única pessoa.
    Os trinitarianos dizem que ELOHIM refere-se à pluralidade de pessoas de um só Deus, mas eles se esquecem de que a própria palavra ELOHIM quer dizer "deuses" e não "pessoas de um único deus".
    Portanto, acreditar nessa falácia (três pessoas distintas de um só Deus) é contrariar o que diz o próprio termo usado na Bíblia (Elohim), o qual, como disse, significa "deuses".
    Os que dão crédito a essa heresia, na verdade, estão a adorar uma pluralidade de "deuses" e não o único e soberano Deus de Israel.
    Outrossim, dizer que a expressão "façamos" significa "Deus falando com Jesus" é, no mínimo, algo completamente esdrúxulo, pois, se Jesus é a Palavra de Deus (Ap 19:13), como Deus poderia falar com a Sua própria Palavra?
    Quando Deus abre a boca e fala, Sua fala já é a Sua Palavra. Por isso, FALAR COM A FALA é um verdadeiro absurdo.
    Deus vos abençoe.

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  2. Julgo importante lembrar que Maria não gerou a Jesus, não havendo qualquer participação humana na geração do Filho de Deus.
    A Bíblia diz que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo (Mt 1:18,20), de sorte que Maria foi tão somente a gestora (fez a gestação), como uma espécie de barriga de aluguel; até porque, se tivesse havido participação dela, Jesus teria nascido com a semente do pecado (Rm 5:12).
    Por isso, podemos entender que Jesus foi, de fato, o segundo Adão (1 Co 15:45), ou seja, um verdadeiro homem gerado em estado de perfeição, como o primeiro (sem pecado), exatamente à imagem e semelhança de Deus (como todos os Seus atributos morais), todavia, sem os atributos da onipresença, onisciência e onipotência, caso contrário não poderia ter morrido pela humanidade, pois Deus é IMORTAL.
    Mas como Jesus realizava os milagres, prodígios e maravilhas se Ele esvaziou-se dos seus atributos (Fp 2:7) e EM TUDO se fez semelhante aos homens (Hb 2:17)? E como Ele conhecia os acontecimentos futuros, os pensamentos e os sentimentos humanos?
    Porque cumpriu-se n’Ele o que estava profetizado em Is 11:2, Is 42:1 e Is 61:1. Ou seja, quando Jesus foi batizado (mt 3:16 e Lc 3:22), o Espírito Santo (a plenitude da divindade) desceu sobre Ele e lhe deu poder para realizar os sinais e conhecer os mistérios dos corações dos homens, bem como as profundezas de Deus (Jo 8:55).
    Jesus mesmo disse, em certa ocasião, que não era Ele próprio quem realizava as obras, mas o Pai que estava n’Ele (Jo 14:10-11). Será que Ele teria mentido?
    Quanto à ausência, em Jesus, dos atributos da onipotência, onisciência e onipresença, a Bíblia no mostra o seguinte:
    1 – Onisciência: “Mas daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão só o Pai” (Marcos 13:32);
    2 – Onipresença: “Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; e, por vossa causa, folgo de que eu lá não estivesse, para que creiais; mas vamos ter com ele” (João 11:14,15); e
    3 – Onipotência: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28:18).
    Assim sendo, por causa da Sua condição humana, Jesus orava ao Pai, pois, como homem, dependia inteiramente de Deus para vencer as tentações, para realizar as obras e para conhecer os segredos dos corações dos homens.
    Outrossim, a morte de Jesus Cristo é uma das maiores comprovações da completa ausência dos atributos divinos em Seu ser, pois, se a Palavra de Deus tivesse mantido Sua divindade, quando se fez carne, isso jamais poderia ter acontecido, uma vez que Deus não pode conviver com o pecado (Sm 5:4-5) e é imortal (1 Tm 6:16).
    Em contrapartida, como um ser humano normal, que recebeu a plenitude do Espírito Santo, Jesus pôde receber o pecado de toda a humanidade, e morrer, quando o Espírito Santo afastou-se d'Ele, fazendo-O clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"(Mt 27:46).
    Por isso, devemos dar toda a honra, toda a glória e todo o louvor àquele que verdadeiramente se fez homem, habitou entre nós, sofreu todas as tentações, suportou as injúrias, morreu de morte maldita, e, na carne, venceu o inferno e a morte, tendo subido aos céus, triunfante e glorioso, e "assentado-se à destra da majestade nas alturas" (que simboliza estar em posição de honra), para cumprir a profecia do Salmo 138:2, que diz que Deus engrandeceu Sua Palavra acima do Seu próprio nome.
    Deus te abençoe!!!

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  3. Há quem entenda que é impossível para o onipotente e onipresente Deus estar assentado no trono, e, ao mesmo tempo, ausentar-se de si próprio temporariamente (por mais ou menos 33 anos), fazer-se carne no ventre de uma mulher e morrer pelos pecadores.
    Ocorre que é exatamente isso que parece dizer Jesus Cristo quando, ao conversar com Nicodemus, afirmou, pessoalmente, que estava assentando em Seu trono, no céu, naquele exato momento: "O Filho do Homem que está no céu" (Jo 3:13).

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  4. Com quem teria falado o onipotente Deus, quando disse FAÇAMOS o homem à nossa imagem e semelhança?
    Com os mesmos seres com quem Ele conversou em Gn 11:7, ou seja, com os ANJOS, isso porque, a Bíblia nos mostra que Deus sempre usou tais seres celestiais para realizar Suas obras, os quais possuem a semelhança de Deus, segundo o Livro de Números: "Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?" (Números 12:8).
    No Novo Testamento, o escritor bíblico comprova que, embora seja usado o nome de Deus nas diversas passagens do VT, os anjos é que estavam envolvidos nos acontecimentos narrados: "E, completados quarenta anos, apareceu-lhe o anjo do Senhor no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça" (Atos 7:30).
    Em determinada passagem, vemos Deus acatando um conselho de um ANJO, como prova de que tais seres possuem participação ativa em todo esse processo: "E disse o SENHOR: Quem induzirá Acabe, para que suba, e caia em Ramote de Gileade? E um dizia desta maneira e outro de outra. Então saiu um espírito, e se apresentou diante do SENHOR, e disse: Eu o induzirei. E o SENHOR lhe disse: Com quê? E disse ele: Eu sairei, e serei um espírito de mentira na boca de todos os seus profetas. E ele disse: Tu o induzirás, e ainda prevalecerás; sai e faze assim" (1 Re 22:20-22).

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  5. Finalizo minhas considerações, acrescentando a seguinte parábola: "Não há sentido em dizer que um sujeito extremamente rico abriu mão da sua riqueza, caso ele não tenha assinado um documento, transferindo, de fato, toda a sua riqueza para outrem, ou doando seus bens. Somente assim, essa pessoa poderia dizer que verdadeiramente se tornou pobre. Se tal pessoa apenas dissesse que abriu mão da sua riqueza, mas não foi ao cartório e não transferiu todos os seus bens para outrem, ela, de fato, não se tornou pobre, mas apenas fez de conta que abriu mão da sua riqueza, continuando a ser o dono dos bens (uma baita hipocrisia)".
    Assim sendo, se a Palavra de Deus não se despojou dos seus atributos imanentes (onipresença, onisciência e onipotência) para que pudesse condenar o pecado na carne, através da sua morte, Ela jamais teria sido um ser humano à semelhança dos demais e seu sacrifício não seria perfeito (sendo, portanto, inválido).
    Como ver sinceridade nas seguintes palavras de Paulo: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Co 8.9).
    Se isso não for assim, como entender, então, o fato d´Ele ter sido feito menor do que os anjos (Hb 2:7) e, em tudo, ser semelhante aos homens (Hb 2:17)? Seria Ele, então, um Deus menor? Claro que não! Ele era um ser humano perfeito, como o primeiro Adão, com todos os atributos morais de Deus.
    Outrossim, se, como muito defendem, Ele tivesse somado a natureza humana à divina, Ele não teria se esvaziado, mas acrescentado algo (somado), contrariando a Bíblia (Fp 2:7).
    Creio que, de uma maneira real e concreta, o infinito Deus tornou-se finito, o eterno Deus tornou-se mortal, o onipotente Deus limitou-se ao poder humano, o onipresente Deus limitou-se a ser apenas presente, o onisciente Deus limitou-se a ser apenas ciente, o imutável Deus tornou-se mutável, o Senhor de todas as coisas tornou-se servo, o invisível Deus tornou-se visível, Aquele que não pode ser tentado pelo mal deixou-se tentar e Aquele que é três vezes santo fez-se maldição na cruz.
    Deus te abençoe!!!

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