sábado, 17 de novembro de 2012



Posted: 16 Nov 2012 08:58_Notícia atualizada às 13:38, hora de Moscou
As sirenes do sistema de alerta contra ataques aéreos fizeram-se ouvir hoje em Tel Aviv, pela primeira vez em toda a história de disparos de mísseis a partir da Faixa de Gaza.
Segundo o canal 10 da televisão israelense, o disparo foi efetuado com mísseis Fajr, de fabrico iraniano. O canal Al Jazeera informa, por sua vez, que os mísseis explodiram no mar, junto à costa da cidade de Haifa, que está praticamente ligada a Tel Aviv.
A responsabilidade por este ataque já foi reivindicada pelo grupo palestino Jihad Islâmica. Em uma breve declaração, diz-se que “foram disparados cinco mísseis contra Tel Aviv”, e que, “no futuro, a área dos alvos será alargada”.
Algum tempo depois, surgiram informações sobre explosões na zona sul de Tel Aviv, Haifa e três cidades-satélite – Bat Yam, Holon e Rehovot. Segundo os últimos dados, três israelitas foram mortos.
Os combatentes palestinos dispararam mais de 380 mísseis contra Israel. Alguns deles possuiam grande raio de alcance: foram registadas explosões nos arredores de Dimona, situada a 75 km da Faixa de Gaza, tendo um dos mísseis voado cerca de 50 km e atingido os arredores de Rishon LeZion, cidade-satélite de Tel Aviv.
Segundo fontes militares, o sistema antimíssil “Cúpula de Ferro” intercetou cerca de 100 mísseis, principalmente os que tinham sido apontados às grandes cidades do Sul de Israel. Disparos esporádicos ainda continuam.
Na cidade de Kiryat Malakhi, localizada a cerca de 30 km a norte da Faixa de Gaza, um míssil atingiu uma residência. Como resultado, morreram três pessoas, outras sete ficaram feridas, incluindo uma criança de quatro anos, gravemente ferida. Segundo dados dos serviços médicos, hoje 45 israelenses pediram assistência médica, dos quais cerca de 15 tinham ferimentos leves, os restantes sofriam de estado de choque.

Israel mobiliza 30 mil reservistas e pode atacar Gaza
O ministro da Defesa israelita, Ehud Barak, autorizou hoje a mobilização de até 30 mil reservistas. Ele anunciou que esta medida permitirá a Israel “estar preparado para todo o tipo de evolução, se for necessário”.
Enquanto issso, Israel começou hoje a movimentar tropas em direção à Faixa de Gaza, com mais de uma dezena de camiões transportando tanques e veículos blindados a dirigirem-se para a zona fronteiriça.
Responsáveis militares israelitas citados pela agência Associated Press referiram que a movimentação militar faz parte de preparativos para uma possível ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza, mas que não foi ainda tomada qualquer decisão sobre a entrada de tropas de Israel no território palestiniano controlado pelo movimento radical Hamas.
Força Aérea israelense realizou cerca de 70 ataques contra a Faixa de Gaza
A Força Aérea israelense realizou na quinta-feira à noite cerca de 70 ataques contra lançadores subterrâneos de mísseis de médio alcance localizados na Faixa de Gaza.
Segundo o serviço de imprensa do exército israelense, todos os alvos foram atingidos.
A nova série de ataques foi efetuada em resposta ao lançamento por militantes palestinos de um míssil de longo alcance Fajar-5 que atingiu a parte sul de Tel Aviv, localizada a 65 km da Faixa de Gaza. O bombardeio da parte central e mais populosa de Israel causou algum pânico entre a população, mas ninguém sofreu diretamente da explosão.

Israel propõe trégua temporária à Faixa de Gaza
Israel suspenderá todas as operações militares ofensivas na Faixa de Gaza durante a estadia lá do primeiro-ministro do Egito.
Isto relataram hoje fontes no governo de Israel, acrescentando que o cessar-fogo será efetivo sob a condição de que os palestinos também suspendam por esse tempo seus ataques de mísseis contra o estado judeu.
O primeiro-ministro egípcio Hesham Qandil prende hoje visitar Gaza com uma “visita de solidariedade com o povo palestino”. As autoridades egípcias apelaram a Israel para pedir uma cessação das hostilidades para a duração da visita que, como se espera, deverá durar três horas.

Israel anunciou a conscrição de 16.000 reservistas
O exército israelense anunciou sexta-feira o início da conscrição de 16.000 reservistas para a operação militar na Faixa de Gaza, informaram os militares.
Na véspera, o exército recebeu uma sanção do governo para mobilizar 30.000 pessoas, dando origem a discussões sobre a preparação da fase terrestre da campanha, que por enquanto está limitada a ataques remotos.
A imprensa local informa sobre o início da transferência para as fronteiras da Faixa de Gaza de forças terrestres, incluindo brigada de infantaria Givati, que é uma das mais experientes.

Hamas voltou a abrir fogo contra Israel
A Força Aérea de Israel realizou novo ataque contra a Faixa de Gaza apesar do cessar-fogo temporário que havia sido acordado durante a estadia do primeiro-ministro do Egito, Hesham Qandil, a território palestino.
Em particular, foi alvejada a casa de um dos líderes do Hamas, Muhammad Abu Shamala. Por enquanto, não há informações sobre vítimas, informa a rádio local Al Aqsa.
Israel, por sua vez, acusa o movimento Hamas de romper a trégua, afirmando que pouco depois da chegada de Qandil a Gaza contra Israel foram lançados dezenas de mísseis. Na cidade de Eshkol um míssil atingiu um prédio administrativo. No total, no sul do estado judeu explodiram mais de 20 mísseis não dirigidos, alguns deles foram interceptados pelo sistema de defesa aérea Cúpula de Ferro.
As autoridades palestinas não anunciaram publicamente a suspensão de ataques durante a visita de Hesham Qandil, que chegou a Gaza em “visita de solidariedade com o povo palestino”.

Hamas: “Israel abriu as portas do inferno”



Movimento responde a morte de líder militar
O braço armado do Hamas, movimento radical islâmico que controla a Faixa de Gaza, prometeu esta quarta-feira ripostar contra Israel por causa da morte do seu chefe, Ahmad Jaabari, afirmando que “foram abertas as portas do inferno”.
Um comunicado das Brigadas Ezzedine al-Qassam afirma que os combatentes do Hamas “choram um dos seus principais chefes, Ahmad Jaabari”, reafirmando o compromisso de “continuar no caminho da resistência”. “O ocupante abriu sobre si as portas do inferno”, adianta o comunicado.
O chefe das operações militares do Hamas, Ahmad Jaabari, foi morto hoje num ataque israelita contra uma viatura em Gaza, segundo fontes médicas e de segurança palestinianas.
“O mártir é Ahmad Jaabari”, disse um médico do serviço de urgência do hospital Al-Chifa, na faixa de Gaza, informação confirmada por fontes da segurança do Hamas.
O porta-voz do exército israelita, Avital Liebovich, confirmou aos jornalistas a morte do líder militar do Hamas, considerando que “a eliminação” de Ahmad Jaabari é o início de uma operação militar contra grupos armados na faixa de Gaza.
“Após os disparos de “rockets” dos últimos dias, o chefe de estado-maior (general Benny Gantz) decidiu autorizar uma operação contra as organizações terroristas de Gaza, o Hamas, a Jihad islâmica e outras organizações”, disse Avital Liebovich.

Nenhum comentário:

Postar um comentário