Contra o tráfico, drone da PM sobrevoa favela do Rio
O batalhão da Polícia Militar em Macaé (32º BPM), no norte fluminense, investiu na aquisição e operação de um drone "veículo aéreo não tripulável", que tem sido utilizado desde o fim de julho para realizar o mapeamento de comunidades da região e auxiliar no planejamento de operações contra o tráfico de drogas na região.
Na favela das Malvinas, uma das mais violentas na cidade situada a 180 quilômetros da capital fluminense, imagens captadas pelo drone levaram a PM a descobrir dois acampamentos utilizados por traficantes em uma área de manguezal.
"Havia traficantes escondidos em um manguezal, local de difícil acesso. Com as imagens aéreas, conseguimos organizar a ação, prendemos os criminosos, apreendemos armas e drogas. Se eu não tivéssemos essa visão, seria difícil progredir dentro do terreno", disse o comandante do batalhão, tenente-coronel Ramiro Oliveira Campos.
O primeiro teste com o drone foi realizado no dia 26 de julho. O equipamento --que é pago pela prefeitura e cedido ao 32º BPM-- vem sendo aperfeiçoado desde então. Uma câmera com visor infravermelho foi acoplada à aeronave para monitoramento noturno, e um link de transmissão foi adquirido para possibilitar o acompanhamento das imagens em tempo real.
Segundo o comando do batalhão, o recurso costuma ser utilizado antes das incursões da PM. A partir das informações captadas, a polícia elabora uma estratégia operacional.
A aeronave tem oito hélices e é capaz de se mover com velocidade de até 50 quilômetros por hora. O equipamento é operado por duas pessoas, sendo uma responsável pelo deslocamento e outra pela movimentação das duas câmeras acopladas. Elas registram imagens de alta resolução em raio de até três quilômetros. O ângulo é de 360 graus.
ENTENDA O QUE SÃO E QUAIS OS TIPOS DE DRONES
O drone é capaz de alçar voo a uma altura de três mil metros, o que dificulta a identificação a olho nu por parte dos criminosos. A aeronave funciona com baterias e pesa cerca de seis quilos.
"Por muitas vezes, recebemos imagens aéreas de traficantes armados, crianças próximas e moradores. Abortamos a operação, porque a prioridade é a vida. O Vant traz mais segurança para o policial militar. À noite, de madrugada, utilizamos o infravermelho para saber onde estão os criminosos e o tipo de armamento. Podemos passar as informações, pelo rádio, para os agentes", afirmou Campos.
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